Com seus mais de 55 anos de história, o Cine Embaixador está marcado no coração dos gramadenses e dos vistantes pela realização do maior Festival de Cinema do país, com valor cultural inestimável. Entretanto, o que muitas pessoas não sabem é o que o Cine Embaixador S/A é uma empresa privada, organizada numa sociedade anônima composta por mais de uma centena de acionistas, que administram aquele patrimônio através de um Conselho de Administração por eles eleito.
O Município, apesar de ser o maior acionista, não recebeu nenhuma cadeira neste Conselho, não podendo participar ou mesmo opinar na tomada de decisões. Foi o que ocorreu com o encerramento das exibições de filmes no cinema de Gramado, que partiu deste Conselho, que detém autonomia para administração do Cine Embaixador, sem que o município fosse consultado.
Com o objetivo de mudar este cenário, a secretária da Fazenda, Sônia Molon, informa que o município trabalha para adquirir ações ordinárias do Cine Embaixador, no sentido de crescer sua participação na sociedade e alcançar o controle acionário, para poder gerir aquele patrimônio no interesse público, situação que possibilitará ao Município, em momento futuro – caso isso venha a se confirmar, fazer os investimentos que este importante patrimônio requer, e ainda avaliar eventual retorno a comunidade da exibição de filmes e tantos outros atrativos culturais relevantes que deixaram de ser viabilizados no local porque não atendem o interesse econômico privado.
O processo para compra das ações iniciou em 2015, com a aprovação da lei autorizativa, e foi retomado em 2021, pela atual administração.
Foi publicado em abril de 2022 o edital de chamamento público, para manifestação dos acionistas interessados em vender ações. E em agosto, deve ser publicado o edital para efetivar a compra dos interessados em vender.
Foto: O Cine Embaixador transformou a cidade no polo do Cinema Nacional.
Crédito: Ascom/PMG